A inflação dos Estados Unidos deu uma desacelerada para 4,9% no acumulado de 12 meses – entre abril de 2021 e 2022 – segundo o último relatório do Bureau of Labor Statistic. Esse é o menor índice calculado desde abril de 2021, quando o patamar estava em 4,2%. O índice é medido conforme o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). Em março de 2023, a taxa anual estava em 5%.
Há muitos fatores que contribuem para as mudanças no mercado. Os preços dos alimentos, por exemplo, continuaram a ter um crescimento mais lento e o desemprego caiu para 3,4%, valor mínimo registrado no período do pós-pandemia.
O atual ambiente inflacionário, contudo, continua a prejudicar a economia. O índice de 4,9% ainda é maior do que a meta declarada pelo Fed para retornar a uma taxa de inflação de 2%. Apesar do progresso, é provável que ainda faltem muitos meses para que o banco central volte a registrar o índice de inflação.
Segundo o Departamento do Trabalho, o índice do setor de moradia foi o que mais contribuiu para o aumento mensal de todos os itens no período pós-pandemia; seguido pelo aumento do índice de carros e caminhões usados e do índice da gasolina.
Presidente do FED ressalta importância da estabilidade de preços
Sobre a meta de 2%, o presidente do Fed, Jerome Powell, declarou que é obrigação das autoridades monetárias controlarem o custo de vida nas economias e restabelecerem a estabilidade de preços. Essa questão, segundo ele, é a base de uma economia forte.
Durante o evento Thomas Laubach Research Conference, realizado no dia 19 de maio (2023), o presidente comparou o atual período com o fim da década de 1970. Powell ressaltou que, naquela época, a inflação alta era como “parte da paisagem”, ou seja, algo que todos tinham de aceitar.
No entanto, depois o Fed atuou para combatê-la e restaurou a estabilidade de preços nos Estados Unidos. “Quando temos inflação alta é responsabilidade e obrigação do Banco Central restaurar e sustentar a estabilidade de preços”, afirmou.
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