Em março de 2025, os Estados Unidos registraram uma queda de 8,1% no número total de visitantes internacionais, com 5.410.331 chegadas, comparado ao mesmo mês do ano anterior. Este total representa 86,4% do fluxo de turistas internacionais registrado em março de 2019, período pré-pandemia, indicando uma recuperação, mas ainda aquém dos números de antes da crise sanitária global.
Além da queda geral nas chegadas internacionais, o número de visitantes de países além de Canadá e México, também conhecidos como visitantes “overseas”, caiu 11,6%, com 2.391.265 chegadas. Essa queda é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo flutuações econômicas globais, mudanças nas preferências de viagem e o impacto da inflação e custos elevados de viagem, especialmente em destinos como os Estados Unidos.
No entanto, a dinâmica de chegada de turistas ao país revela nuances importantes. O Brasil, por exemplo, se manteve como o terceiro maior emissor de turistas para os EUA, enviando 123.915 brasileiros em março, com destaque para os turistas de lazer, embora representando uma leve queda em relação ao ano passado. O país também figurou entre os principais emissores de estudantes, com 3.660 brasileiros viajando para os EUA em busca de oportunidades educacionais.
Outros países também se destacaram, com o Canadá liderando as chegadas internacionais com 1.704.688 visitantes, seguido pelo México com 1.314.378, Reino Unido com 283.561 e Japão com 164.846. Juntos, esses cinco mercados representaram 66,9% do total de chegadas internacionais aos Estados Unidos em março de 2025, mostrando que a maior parte do fluxo ainda vem de países geograficamente mais próximos ou com laços históricos estreitos.
- Principais chegadas do exterior em março
Turismo (lazer):
Reino Unido (219.797)
Japão (133.279)
Brasil (123.915)
Alemanha (105.473)
Índia (94.744)
Viagens de negócios:
Reino Unido (60.951)
Índia (42.546)
Alemanha (31.509)
Japão (28.876)
China (23.327)
Chegadas de estudantes:
China (22.651)
Índia (14.815)
Coreia do Sul (5.068)
Brasil (3.660)
Taiwan (2.858)
Embora o Brasil continue a ser uma das principais origens de turistas para os EUA, a situação global de viagens é mais desafiadora, com o impacto de custos mais altos e as políticas anti-imigratórias, o que pode ter gerado essa leve desaceleração nas chegadas internacionais.
Emissão de Vistos para Brasileiros
Em paralelo, o cenário de vistos para os Estados Unidos também registrou uma diminuição significativa no primeiro trimestre de 2025. De acordo com dados do Departamento de Estado dos EUA, a embaixada e os consulados americanos no Brasil emitiram 237.882 vistos no primeiro trimestre deste ano, representando uma queda de 19,1% em relação ao mesmo período de 2024.
Esse recuo é explicado, em grande parte, pela comparação com 2024, ano que registrou um aumento considerável na demanda devido à normalização do turismo pós-pandemia e à demanda reprimida por vistos, o que fez com que o número de emissões em 2025 fosse mais modesto.
Países que mais emitiram vistos americanos entre janeiro e março de 2025
México: 711.105
India: 388.515
China: 285.941
Brasil: 237.882
Colômbia: 165.441
Filipinas: 74.815
República Dominicana: 67.571
Argentina: 62.956
Equador: 54.122
Peru: 42.651
Apesar da queda, o Brasil se manteve como o quarto maior emissor de vistos para os Estados Unidos, ficando atrás apenas de países como México, Índia e China. O tipo de visto mais emitido foi o B-1/B-2 (negócios e turismo), com 226.051 autorizações, representando 95% do total de emissões.
A queda observada em 2025, no entanto, não significa uma diminuição no interesse do brasileiro pelos EUA. Especialistas apontam que a redução nas emissões é parte de uma normalização do mercado após o pico de demanda pós-pandemia, o que é esperado após anos de altas excepcionais. Além do visto B-1/B-2, também houve a emissão de alguns outros tipos de visto, como o J-1 (intercâmbio), que somou 1.869 autorizações, embora com um número bem menor.
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