Por Vicke Quinlyn
Hoje eu acredito que o carnaval brasileiro, com seu alegre ritmo e música contagiantes, é alimento para a alma. Santa Bárbara nunca esteve tão próxima ao Brasil como durante o primeiro “Santa Barbara Brazilian Carnaval” (2003). Esta época é tempo de se soltar, esquecer os problemas e, ao mesmo, tempo unir-se às raízes da cultura brasileira através da música e da dança. Eu, uma alemã que só conhecia o romantismo do carnaval através de jornais, televisão e filmes, nessa oportunidade vivi a experiência em primeira mão.
O carnaval em ritmos Brasileiros chegou à Santa Bárbara graças à Soul Brasil magazine, a seu editor (e produtor) Lindenberg Junior, a patrocinadores, como a Contemporânea do Brasil, e colaboradores diversos. Durante quatro dias de fevereiro tivemos uma variedade de comemorações e atividades como um workshop de ritmos e instrumentos brasileiros e um filme documentário brasileiro sobre o chorinho. Mas o auge do SB Brazilian Carnaval aconteceu no sábado, dia 28 de fevereiro, a noite, no Club Absinthe, com a apresentação de três bandas e muitas demonstrações da rica cultura brasileira.
Houve uma tremenda batucada, uma banda local liderada por um brasileiro que apresentou o ritmos da Bahia, e uma outra banda com dez integrantes e tocando uma variedade de ritmos que ia do frevo ao pagode. Era como se o circo tivesse chegado à cidade e essa fosse a banda liderando o glorioso desfile. Algumas das músicas deixaram o publico enlouquecido de alegria e ginga! Não dava para ficar parado ao som das batidas, dos metais, dos vocais e da percussão ressoando.
Eu senti cada batida atravessando meu corpo e vi as pessoas se unirem num balanço hipnótico, dançando em fila um estilo brasileiro chamado Axe-Music. Foi algo muito impressionante: uma corrente de pessoas balançando, pulando, sorrindo, e na mais alta energia, tudo ao mesmo tempo. Em seus movimentos, elas estavam totalmente sincronizadas com a música, acompanhando cada batida. As pessoas estavam vivendo, amando e dançando juntas. Foi como um breve refúgio, com todo o sabor da rica diversidade da cultura brasileira e a paixão despreocupada da alma tocando a terra, tocando o próximo.
Como diz um amigo meu brasileiro: totalmente demais!
* Lindenberg Junior, publisher e editor da Soul Brasil, produziu o “Santa Barbara Brazilian Carnaval” de 2003 ate 2014, somando 11 anos. A falta de patrocinadores impossibilitou a continuação do evento que acontecia anualmente no mês de fevereiro.
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