Por Lindenberg Junior
A “Cidade dos Anjos”, ou melhor, Los Angeles, pode se tornar um dos maiores mercados de maconha dos Estados Unidos depois dos legisladores da cidade regularizar e legitimar em janeiro (2018) a indústria da “cannabis” para uso recreativo no estado da Califórnia.
A proposta, que foi elaborada em março (2017), especifica a regulamentação para cultivar, manufaturar e vender a erva, e a necessidade de uma licença do estado para operar assim como seguir algumas regras de horário e segurança.
Como parte do constante esforço para efetivar a lei em Los Angeles, o conselho da cidade elegeu por unanimidade a Cat Parker que foi indicada para ser a primeira secretaria municipal da cannabis. O prefeito da cidade, Eric Garcetti, na ocasião da confirmação de Cat Parker que o governo municipal trabalhara duramente e se esforçara ao maximo para garantir aos angelanos a correta aplicação das leis. E acrescentou que Cat Parker saberá guiar a maior cidade da Califórnia para se tornar o maior mercado legal de maconha, supervisionado pela regulamentação do concelho.
Essa regulamentação também significa que alguns lugares, tirando exceções como os que podem operar com licença médica, serão fechados até que consigam a licença sob a nova legislação. O presidente do conselho Herb Wesson, no entanto, disse que irá considerar uma licença provisória para evitar muitas perdas.
Ele também disse que a cidade e a indústria da maconha concordam em muitos pontos, como a regulamentação de horas de funcionamento entre outros, e que temas mais complicados, incluindo a questão de se puder fumar em publico voltara a ser debatido mais na frente.
A maconha com fins medicinais é legal na Califórnia desde 1996, mas os eleitores finalmente aprovaram a maconha recreativa em 2016 – porem apenas efetivada em janeiro de 2018. A cidade de Los Angeles planeja recolher mais de 50 milhões de dólares em impostos sobre a venda de maconha recreativa em 2018. A cidade recolheu 21 milhões de dólares em impostos com a maconha medicinal em 2016.
Mas a legalização ainda enfrenta obstáculos como os preços mais caros em comparação ao mercado negro ou ilícito. Também, na Califórnia é proibido fumar próximo de lugares como bares, parques e escolas. Uma pessoa necessita estar pelo menos a 800 pés de distancia para tal. Hotéis também proíbem de se fumar até mesmo nas varandas se tornando difícil para turistas acender um simples cigarro.
O estado da Califórnia poderá ainda em 2018 pegar uma carona na experiência do estado do Colorado que foi pioneiro na implementação da maconha com fins recreativos. O Colorado teve um aumento no turismo e encontrou formas de contornar as restrições de fumo – incluindo ônibus de luxo e construções privadas (clubes para fumantes e hotéis especializados) onde os turistas possam fumar.
Colorado, onde a venda de maconha com fins recreativos foi legalizada em janeiro de 2014, recolheu 506 milhões de dólares em impostos ate o fim de 2017 segundo a companhia de pesquisa VS Strategies.
- A Califórnia já é um dos tops 3 mercados de maconha do país.
- No estado dourado existem 2,756 dispensários (*2016)
- 50 milhões de dólares estão sendo esperados para serem recolhidos em impostos sobre a venda da maconha recreativa em 2018.
- 27% da maconha consumida no país, incluindo o intuito medicinal e recreativo, esta na Califórnia.
- 6 plantas de maconha – o numero permitido e que se pode criar em cada jardim na Califórnia.
- 5,8 bilhões de dólares é o número estimado do mercado da maconha até 2021 no estado dourado.
- 70 dólares é o preço médio que um Californiano pagou em 2015 para aquisição de sua maconha.
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