Apenas dez dias após a Organização Mundial da Saúde anunciar a Ômicron como uma nova variante que traz preocupação, no dia 25 de novembro, foram confirmados casos em mais de 45 países ao redor do mundo, entre eles Brasil e Estados Unidos. Nos EUA, porém, especula-se que a variante tenha se espalhado antes mesmo de ter seu nome definido como Ômicron devido a uma famosa convenção de animação que aconteceu no final de novembro em Nova York.
A variante foi identificada por cientistas sul-africanos e os testes preliminares sugerem que ela está se espalhando rapidamente, mas os pesquisadores ainda precisam determinar se é realmente mais contagiosa do que outras variantes. Um número crescente de países está restringindo viagens de voos de países do sul do continente Africano. Entre esses países que restrigiram voos com viajantes estrangeiros estão Israel, Marrocos e Japão. A partir de hoje, dia 6 de dezembro, todos os viajantes que entram nos EUA, incluindo cidadãos americanos, devem apresentar um resultado negativo do teste de covid-19 obtido 24h antes da partida do voo, independentemente do status de vacinação.
No dia 2 de dezembro, o presidente Biden anunciou que pretende manter a economia aberta, mas que o governo americano monta uma estratégia que inclui requerimentos para viajantes internacionais como a obrigação de testes antes de embarques. “Nós vamos lutar contra essa nova variante com ciência e velocidade e não com caos e confusão”, disse o presidente americano.
A Ômicron carrega cerca de 50 mutações não vistas em combinação anteriormente, incluindo mais de 30 mutações na proteína “spike” que o coronavírus usa para se ligar a células humanas. Essa proteína tem várias mutações que são encontradas também em outras variantes e que tornam o vírus mais infeccioso, incluindo D614G, N501Y e K417N.
Mais pesquisas são necessárias para determinar se a coleção de mutações da Ômicron permitirá que a variante evite a imunidade de vacinas ou infecções. Como mencionamos em um nosso artigo anterior, também não está claro até o momento se a variante é mais ou menos grave do que as anteriores.
Ondas de Variantes
No decorrer da pandemia surgiram muitas variantes do coronavírus SARS-CoV-2. Algumas se espalharam pelo mundo enquanto outras desapareceram ou foram suplantadas por outras cepas. Atualmente, a variante Delta é dominante em todo o mundo, mas os pesquisadores estão monitorando outras cepas preocupantes, incluindo a Ômicron.
O Que é uma Variante?
Quando uma célula humana é infectada pelo coronavírus, ocasionalmente acontecem pequenos erros de cópia chamados de mutações. Os cientistas podem rastrear as mutações à medida que são transmitidas por meio de uma linhagem, um ramo da árvore genealógica do coronavírus. Um grupo de coronavírus que compartilham o mesmo conjunto herdado de mutações distintas é chamado de variante.
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