Anna Stéfane Radeck mostra algumas das roupas usadas no abrigo e seu número lá: 58 (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

Anna Stéfane Radeck mostra algumas das roupas usadas no abrigo e seu número lá: 58 (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)

A adolescente brasileira Anna Stéfane Radeck, de 17 anos, que viajou para os Estados Unidos em agosto e ficou detida por vinte dias no país, diz ter passado por uma experiência traumática. A jovem foi barrada ao tentar entrar no país, apesar de os pais alegarem que ela tinha toda a documentação necessária e em dia. Anna contou que foi informada no setor de imigração de que não poderia estar desacompanhada.

Chegando aos Estados Unidos no dia 10 de agosto, a adolescente viajou pensando em fazer um curso no país e ia morar com a tia. Stéfane foi barrada pela imigração em Orlando e levada para um abrigo para menores refugiados em Chicago. Liliane Carvalho, mãe da jovem, viajou para buscar a filha, mas não conseguiu alterar a situação da garota por lá. Ela só tinha contato com a filha uma vez por semana em local determinado pelas autoridades americanas, que não explicaram o motivo da detenção.

A família contratou um advogado e o Itamaraty e o consulado brasileiro entraram no caso. Anna Stéfane só conseguiu retornar ao Brasil no dia 02 de setembro. A jovem afirma estar traumatizada e ainda assustada quando lembra do que passou no país. “Trataram a gente como terrorista”, afirmou Anna ao portal G1. Uma das primeiras lembranças que vêm à mente da estudante quando pensa nos Estados Unidos é a sequência de injeções que levou quando foi levada ao abrigo para menores em Chicago.

Segundo Liliane Carvalho, desde que chegou ao Brasil, a filha teve crise de pânico, enfrentou dificuldade para voltar a frequentar a escola e recebe acompanhamento médico e psicológico.

Procurada pelo portal G1, a assessoria da Embaixada dos EUA no Brasil disse, em nota, que, “devido às questões de privacidade da lei americana, não podemos fornecer quaisquer detalhes sobre o caso Anna Stéfane Radeck. Essas informações são confidenciais”.

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