15355852_1250667641671991_1687770931_nMilhares de brasileiros foram às ruas em todos os estados do Brasil no domingo (4). Os protestos eram contra a corrupção e em defesa da Operação Lava Jato. Também miraram os presidentes do Senado e da Câmara. Os protestos se espalharam por 82 cidades em todos os estados e no Distrito Federal.

Apesar do intenso apoio midiático e da estrutura de convocação pelas sociais, os atos do domingo tiveram queda significativa de mobilização. A Polícia Militar e organizadores não divulgaram contagem exata de número de participantes, mas, por exemplo, na Avenida Paulista se reuniram aproximadamente 15.000 pessoas. Em comparação à manifestação de 2015, em que aproximadamente 135.000 ocuparam a avenida, nota-se a real queda no número de participantes nos protestos.

Renan Calheiros, presidente do Senado, que é réu no STF por crime de peculato desde a última semana de novembro, foi o principal alvo das manifestações, que também pediram a saída do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

O protesto foi convocado por grupos pró-impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, como o Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre. Segundo seus organizadores, a mobilização foi organizada depois que a Câmara aprovou, na calada da noite da madrugada da quinta-feira (01/12), mudanças no pacote de medidas de combate à corrupção.

A primeira das mudanças foi a inclusão da previsão de punir por crime de abuso de autoridade magistrados, procuradores e promotores. Tanto a magistratura como membros do Ministério Público interpretaram a iniciativa como tentativa de intimidar a força-tarefa da Lava Jato. Após reação negativa de grande parte do Judiciário, inclusive da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, Maia saiu em defesa da soberania da Câmara.

15310291_1250667675005321_787249579_nA maior parte dos cartazes durante as manifestações do domingo e as palavras de ordem foram direcionadas a Renan. Os manifestantes pediam a saída imediata do presidente do Congresso, rechaçavam a votação do projeto que muda a Lei de Abuso de Autoridade, agendada para a próxima terça-feira, 06, e pediam agilidade do STF nas ações contra o peemedebista.

Renan é investigado em nove inquéritos ligados à Lava Jato, fora a ação penal por peculato acolhida na última semana. Em contrapartida, não houve registros de manifestações direcionadas a Michel Temer.

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