Cineasta, produtora, escritora, diretora e antes de tudo uma corajosa. Gabriela Lima nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, morou em São Paulo entre os anos de 2005 e 2010 e se formou em Florianópolis. Mas a cabeça dessa jovem era muito cheia de ideias e sonhos que não cabiam noutro lugar que não em Los Angeles, centro mundial da indústria do cinema e da televisão.
Deixou o Brasil em 2016 e foi para Orlando, na Flórida, onde estudou. Na sequência, se mudou para Los Angeles, onde reside até hoje. Gabriela Lima tem apenas 23 anos e já conta com grande bagagem profissional. Ela é uma produtora brasileira que não mediu esforços para ganhar o mundo e realizar seu sonho: trabalhar em Hollywood. Em L.A, ela estudou Produção de Cinema na University of Califórnia Los Angeles (UCLA).
De lá pra cá, ela tem tido oportunidades de atuar em grandes nomes do entretenimento, entre eles, Fastest Car – Carrangas X Carrões (Netflix), American Idol (ABC) e Leah Remini: Scientology and the Aftermath (A&E) na qual foi indicada pela primeira vez ao Emmy como Associate Producer.
O Emmy, uma das maiores premiações da TV americana, realizou a primeira edição “virtual” de sua história por causa da pandemia de covid-19, no domingo (20/09), e o Leah Remini: Scientology and the Aftermath (A&E) teve cinco indicações e levou o prêmio de Outstanding Hosted Nonfiction Series or Special (Melhor Série ou Especial Informativo).
Gabriela Lima também trabalhou para um show da Amazon, tem experiência nos departamentos de Câmera e Arte, como diretora e produtora. Nos realities e docuseries ela exerceu diversas funções seja nos escritórios ou nos sets de gravação. Empreendedora, Gabriela tem sua própria agência de produção, a Set Vision Studios.
A brasileira está frequentemente trabalhando para levar às telas representantes da cultura latina. “A maioria das pessoas com quem convivi durante a juventude diria que deixar uma cidade pequena da América do Sul para ir até a mais competitiva cidade do mundo quando se trata de cinema não passaria de um sonho. É melhor tentar e falhar do que o arrependimento de nunca ter tentado”.
Com apoio da família, Gabriela estudou Cinema na Full Sail University. Para ela, trabalhar na indústria da Televisão não é sinônimo de glamour, é quase o oposto. “São muitas horas de trabalho, é um trabalho muito pesado mesmo, mas quando vemos o impacto que ele causa nas pessoas é que temos certeza de que vale a pena fazê-lo”. Gabriela trabalhou no episódio do “Leah Remimi: Scientology and the Aftermath” em que foram entrevistadas as vítimas do estupro cujo acusado foi Danny Masterson, do “That 70s Show”, preso após exibição do episódio. “Nunca poderia imaginar que esse projeto tomasse essa dimensão”, lembra.
Observando a influência do entretenimento, ela percebeu o quanto pode-se usar desta força para criar conteúdo, por exemplo, para representar os milhares de imigrantes. Atualmente, Gabriela está realizando um trabalho junto com a escritora Priscila Santa Rosa, com quem cria a história de uma heroína de seu próprio país. Neste projeto, ela destaca a importância da diversidade, que vem ajudando a transformar o projeto em realidade, com uma protagonista latina. A ideia é contar a história da Princesa Isabel, que assinou o fim da escravidão no Brasil. Ela adianta que o novo trabalho já tem título: “The Regent” (A Regente). “Essa é o tipo da história que eu gostaria muito de contar”, finaliza.
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