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Idosos parecem ser mais felizes que os jovens de hoje

O Dia Internacional da Felicidade é celebrado anualmente em 20 de março e teve como inspiração o Reino do Butão, um país asiático onde a felicidade é considerada o principal indicador de desenvolvimento nacional. Nos anos 1970, o país substituiu o Produto Interno Bruto (PIB) pelo Índice de Felicidade Interna Bruta (FIB), enfatizando o bem-estar da população como métrica de progresso.

Em alusão a essa data, uma pesquisa realizada em 2025 apontou que pessoas entre 60 e 70 anos são mais felizes do que aquelas com menos de 50 anos. O estudo revelou também que homens da Geração Z se dizem mais satisfeitos com suas vidas do que as mulheres da mesma faixa etária.

O estudo, conduzido em 30 países, incluindo Brasil e Estados Unidos, indicou que os principais fatores que contribuem para a felicidade são:

  • Relações familiares saudáveis;
  • Controle sobre a própria vida;
  • Sentimento de ser amado.

Entre os brasileiros que participaram da pesquisa conduzida pela Ipsos, empresa de pesquisa e consultoria de mercado, 55% afirmaram ser “bem felizes”, enquanto 24% se consideram “extremamente felizes”. Os principais motivos apontados para essa felicidade incluem boas relações familiares (36%), sensação de ser amado (35%) e controle sobre a própria vida (25%).

Outro destaque entre os brasileiros foi a satisfação com a saúde mental e o bem-estar físico, mencionado por 33% dos entrevistados. No entanto, 89% reconhecem a necessidade de melhorar os cuidados com a saúde psicológica e física.

Principais Motivos da Infelicidade

A pesquisa também revelou que a principal causa de infelicidade global é a falta de dinheiro. No Brasil, essa realidade foi reforçada, com 48% dos entrevistados apontando dificuldades financeiras como o principal fator que compromete seu bem-estar.

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O estudo revelou também que homens jovens se dizem mais satisfeitos do que mulheres da mesma faixa etária

A pesquisa foi realizada entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, com a participação de 23.765 adultos de 18 a 74 anos. O comunicado à imprensa ressaltou que os resultados em alguns países, como o Brasil, podem ter sido influenciados pelo perfil dos entrevistados, que tendiam a ser de regiões urbanas, mais instruídos ou com maior poder aquisitivo em comparação à média nacional.

Ranking Global da Felicidade

Em paralelo à divulgação da pesquisa, a ONU (Organização das Nações Unidas) publicou, no dia 19 de março de 2025, o Relatório Mundial da Felicidade, que ranqueia os países mais felizes do mundo com base em indicadores como PIB, suporte social, expectativa de vida saudável, liberdade, generosidade e percepção de corrupção.

Pelo oitavo ano consecutivo, a Finlândia liderou o ranking, seguida por Dinamarca, Islândia, Suécia, Holanda, Costa Rica, Noruega, Israel, Luxemburgo e, surpreendentemente, o México, que entrou no top 10 pela primeira vez.

O Brasil registrou avanço significativo, subindo oito posições em relação ao ano anterior e alcançando o 36º lugar. O país se tornou o segundo mais feliz da América do Sul, atrás apenas do Uruguai (29º colocado). A Argentina, por sua vez, ocupou a 42ª posição.

Nos Estados Unidos, a queda foi notável: o país saiu do top 20 pela primeira vez em 2024 e agora ocupa a 24ª posição. A queda na classificação foi atribuída, em parte, ao descontentamento da população com menos de 30 anos, que se sente menos livre para fazer escolhas de vida e menos otimista em relação ao futuro econômico.