O dólar terminou outubro com a maior queda porcentual ante o real desde junho de 2016, com o resultado da corrida presidencial brasileira levando a moeda a se afastar do pico do Plano Real, acima de 4 reais, para o patamar de R$3,70 reais, com o qual deve continuar flertando por enquanto.
Apesar da queda no mês, a moeda fechou o último pregão em alta de 0,85%, cotado a R$ 3,72 para venda. Apesar desse cenário, acumulou, em outubro, queda de 7,79%, a maior desde o recuo de 11,05% de junho de 2016.
No Brasil, investidores continuavam otimistas com o cenário político após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente, e com as primeiras declarações da nova equipe de governo, entre elas a intenção de tentar aprovar a reforma da Previdência ainda este ano. Ela é considerada pelo mercado como uma das principais medidas para equilibrar as contas públicas.
No exterior, além da trajetória de juros nos Estados Unidos, há cautela com os desdobramentos da guerra comercial, sobretudo com a China, já que paira sobre o país a possibilidade de novas tarifas pelos Estados Unidos se um acordo não for fechado, e com o crescimento global. Na Europa, a Itália e seu orçamento e o Brexit são os focos de tensão.
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