O cenário da exploração espacial está passando por uma revolução liderada por empresas inovadoras ao redor do mundo. Recentemente, um dos principais fabricantes de automóveis da China, a Zhejiang [Geely] Holding Group Co. está entrando de maneira ambiciosa nesse terreno, desafiando gigantes como a SpaceX de Elon Musk. A empresa está lançando satélites em órbita baixa da Terra para fornecer comunicação em tempo real em qualquer lugar.
Onze satélites produzidos pela subsidiária da Geely, a Geespace, foram lançados (fevereiro de 2024*) a bordo de um foguete Long March CZ-2C do Centro de Lançamento de Satélites Xichang, na província de Sichuan. Este é o segundo lançamento da Geespace, seguindo um lote inicial de nove satélites enviados à órbita no meio de 2022. A empresa almeja implantar uma rede de satélites a cerca de 600 quilômetros acima da Terra, visando conectividade a carros autônomos e outros dispositivos, indo além dos limites do setor automotivo.
Segundo o CEO da Geespace, Tony Wang, “No momento, eu posso ter a função de satélite e você não, mas no futuro, todo mundo terá essa funcionalidade, e também todos os carros.” Esta iniciativa visa não apenas melhorar a conectividade dos veículos da Geely, mas também fornecer conexões para eletrônicos de consumo, sinalizando a crescente importância das comunicações via satélite no mercado automotivo chinês.
O lançamento recente da Geespace ocorreu mais de 18 meses após o primeiro lote de satélites da Geespace, e agora a empresa enfrenta um cronograma apertado para atingir seu objetivo de implantar a primeira fase da constelação, composta por 72 satélites, até o próximo ano. O CEO, Tony Wang, expressou a pressão enfrentada pela empresa, afirmando: “Para estabelecer essa constelação de satélites, precisamos configurar a rede, a infraestrutura terrestre e também impulsionar a comercialização do serviço em nuvem.”
Segundo o empresário, a próxima corrida para o setor de EV é a direção autônoma e o serviço de Internet das Coisas. “A infraestrutura de telecomunicações também está migrando do 5G para o 6G. Uma de suas principais características é o amplo uso da rede de comunicações e navegação por satélite. Acreditamos que a demanda e o tamanho deste mercado atingirão um ponto de inflexão muito em breve”, disse Wang.
A Geespace concluiu em 2021 a construção de uma fábrica capaz de produzir 500 satélites por ano na cidade chinesa de Taizhou. A empresa já vendeu dezenas desses satélites para startups chinesas, universidades e outros envolvidos no setor espacial, demonstrando sua participação ativa no desenvolvimento da infraestrutura espacial da China.
A Evolução do Programa Espacial Chinês
Enquanto a SpaceX, liderada por Elon Musk, mantém uma presença dominante com mais de 5.300 satélites em órbita baixa da Terra, a Geespace está desafiando esse monopólio. A China tem feito avanços significativos em seu programa espacial, incluindo pousos em Marte e no lado distante da lua. O país planeja estabelecer rapidamente uma “constelação massiva” em órbita baixa da Terra, conforme relatado pelo Global Times no final de dezembro de 2023.
No entanto, as empresas estatais chinesas têm sido lentas na construção dessa presença, tornando a Geespace uma das poucas empresas do setor privado a operar satélites nessa região. A concorrência no mercado automotivo chinês intensifica-se, e a infraestrutura espacial melhora, tornando as comunicações via satélite um diferencial competitivo importante para os consumidores.
A tecnologia de Elon Musk
Além do espaço no setor espacial, Elon Musk também tem sido referência em diversos setores da tecnologia. Musk ganhou US$ 180 milhões com o PayPal, revolucionando o processamento de pagamentos online. Com a SpaceX, ele alcançou uma marca impressionante de US$ 47 bilhões, liderando a revolução na exploração espacial. E com a Tesla, Musk acumulou US$ 94 bilhões, transformando a indústria automobilística com veículos elétricos.
Há rumores e controvérsias sobre a aquisição do Twitter por parte de Elon Musk, agora renomeado como “X.” Musk também está lançando sua própria versão do ChatGPT, prometendo mais avanços na inteligência artificial e na interação homem-máquina. Além disso, a startup Neuralink, liderada por Elon Musk, implantou com sucesso o primeiro chip no cérebro humano. O dispositivo, ainda em fase de testes e avaliado em US$ 10,5 mil, permite a comunicação cerebral com dispositivos externos, inicialmente beneficiando pessoas com deficiência motora.
Enquanto a Geespace busca se destacar no mercado automotivo chinês com comunicações via satélite, Elon Musk continua inovando em vários setores, incluindo exploração espacial e inteligência artificial. O cenário global sugere uma competição dinâmica e uma era excitante de descoberta e avanço tecnológico.
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