A famosa rede americana – muito conhecida por amantes da música nos Estados Unidos – Guitar Center, entrou com pedido de concordata (Bankruptcy, Chapter 11). A empresa, com mais de 60 anos e a maior varejista de instrumentos musicais da América tentou se manter durante o pandemia em 2020, ainda acrescentando um novo serviço, como aulas virtuais de música, mas não obteve o resultado desejado para continuar no mercado.
O Guitar Center foi forçado a fechar muitas de suas lojas desde março quando começaram as restrições e lockdown em vários estados dos EUA e teve muitas dificuldades para fazer com que os seus clientes comprassem instrumentos enquanto a economia americana seguia em queda.
Lojas como a Guitar Center dependem de um público direcionado e, nesse caso, músicos, entusiastas e apreciadores, e além de terem que enfrentar o problema acarretado pela pandemia ainda disputaram simultaneamente a concorrência com empresas com forte presença online. A empresa tem cerca de 300 lojas nos Estados Unidos, e muitos delas em locais como shoppings centers que já vinham lutando para se manter com as portas abertas mesmo antes do Covid-19.
O representante da gigante disse em seu pedido de falência que recebeu até US$165 milhões em novos investimentos de capital e os credores concordaram em reduzir a dívida da empresa em quase $ 800 milhões. O principal proprietário da empresa, Ares Management Corporation, bem como a nova investidora de capital, Brigade Capital Management e um fundo administrado pelo The Carlyle Group ajudarão a financiar o Guitar Center durante a falência.
“Este momento é difícil e é importante, consideramos até positivo, se pensarmos que teremos a chance de reduzir significativamente nossa dívida e aumentar nossa capacidade de reinvestir em nosso negócio para apoiar o crescimento de longo prazo”, disse o CEO da Guitar Center Ron Japinga em um comunicado de imprensa.
A empresa continuará no mercado durante o processo de falência. Mas pode não ser capaz de capitalizar no boom das compras de fim de ano. Mais de um quarto dos americanos, precisamente 28%, dizem que gastarão menos com presentes de natal este ano de 2020 em comparação com o ano passado, segundo uma pesquisa recente da Gallup – marcando a maior porcentagem que a Gallup registrou nesta categoria desde 2012.
“Continuaremos a servir nossos clientes e cumprir nossa missão de colocar mais música no mundo”, disse no final do comunicado de imprensa, o CEO Japinga. Ele acrescentou que a empresa espera concluir o processo até o final de 2020.
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