A Binance, maior bolsa global de criptomoedas por volume de negociação, está em busca de espaço no Brasil e estuda comprar bancos e provedores de pagamentos no país, foi o que revelou o fundador e CEO da corretora, Changpeng Zhao, em um comunicado à imprensa na quarta-feira (16).
O acordo, no entanto, exigirá a aprovação das autoridades reguladoras, como Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e as transações devem girar em torno de R$50 milhões.
“Na Binance, nosso objetivo é ampliar a adoção de cripto globalmente com o propósito de gerar impacto positivo para os nossos usuários, a comunidade de cripto e blockchain, e para a sociedade como um todo. Em um mercado em rápido desenvolvimento como o brasileiro, o ecossistema blockchain, que inclui mas não se limita a criptomoedas, pode transformar e facilitar a vida das pessoas, e acreditamos que temos muito a contribuir, em total colaboração com as autoridades locais“, afirmou Changpeng Zhao.
Investimentos em criptmoeda têm se tornado uma verdadeira febre no Brasil desde o primeiro semestre de 2020. Um levantamento realizado pela gestora Hashdex mostrou que o país registrou um crescimento de 1.266% no número de investidores alocados em fundos e ETFs de criptoativos em 2021, em relação a 2020. Segundo a pesquisa, o volume de investidores registrados neste tipo de aplicação passou de 30 mil, em 2020, para mais de 410 mil no ano passado.
Mas o que tem feito aumentar o interesse dos investidores no Brasil? O retorno histórico é um dos motivos, isso porque, como o investimento é global, não está sujeito às problemáticas da economia brasileira – que podem ser um entrave.
Outro motivo que gera interesse nos investidores é o aumento da oferta desses produtos no mercado brasileiro, que mais do que dobrou em 2021.
Enquanto 2020 encerrou com 12 fundos disponíveis nas prateleiras das instituições financeiras, 2021 fechou com o total de 31 fundos – uma alta de 158% -, foi o que também mostrou o levantamento.
O movimento de crescimento das criptomoedas é considerado quase que natural por alguns especialistas, isso porque capitalização deste mercado tem saltado ano após ano tanto no Brasil quando em outros países. O motivo? A popularização da tecnologia blockchain, que democratiza o acesso a diferentes tipos de ativos, como NFTs, Fan Tokens, entre outros.
A entrada de investidores de peso como MicroStrategy e Tesla no Brasil também foi um fator importante para o crescimento do universo cripto e pode gerar um movimento de crescentes investimentos por outras empresas gigantes que vão gerar a consolidação deste mercado.
O futuro das criptmoedas é bastante promissor no Brasil e no mundo. Além das mais tradicionais como bitcoin, é esperado que as pessoas tenham mais interesse em compreender mais e melhor, e, logo, investir em outras cripto, como metaverso, NFTs, finanças descentralizadas, web 3, interoperabilidade, entre outras.
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