De acordo com um estudo divulgado na revista Nature Communications, na terça-feira (17), células B modificadas podem induzir resposta imune ao HIV em ratos. Isso significa o mais próximo que já se chegou até hoje de um imunizante, como uma espécie de vacina, capaz de destruir várias cepas do vírus de uma vez.
O teste foi feito em ratos e os cientistas da Scripps Research induziram com sucesso anticorpos neutralizantes — também chamados de bnabs — que podem prevenir a infecção pelo HIV, segundo o investigador principal James Voss, da Scripps Research.
Após serem reintroduzidas, essas células B modificadas podem se multiplicar em resposta a uma vacinação, transformando-se em células de memória e células plasmáticas que produzem altos níveis de anticorpos protetores por longos períodos no corpo. Em humanos, as células iniciais para criar a vacina podem ser obtidas facilmente a partir de uma simples coleta de sangue e, então, projetadas em laboratório antes de serem reintroduzidas no paciente.
Além disso, o estudou mostrou que os genes modificados podem ser melhorados para produzir anticorpos que são ainda mais eficazes contra o vírus, usando um processo que normalmente ocorre nas células B que estão respondendo à imunização.
Se as pesquisas continuarem com resultados positivos, os cientistas esperam que sua abordagem de vacina possa algum dia prevenir novas infecções por HIV e possivelmente oferecer uma cura funcional para aqueles que já vivem com o HIV. O vírus ainda é prevalente em todo o mundo, com cerca de 38 milhões de pessoas infectadas em 2019.
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