As “legacy admissions” são tipos de admissões comuns em muitas faculdades nos Estados Unidos e que dá preferência a candidatos que são parentes de ex-alunos famosos ou ricos ou que fazem doações ou patrocinam essas faculdades de alguma forma. Também é conhecido como preferências legadas ou conexões com ex-alunos. Esses tipos de admissões são controversas e têm sido objeto de maior escrutínio nos últimos anos. Alguns críticos dizem que essas admissões não são meritocráticas e beneficiam estudantes, em sua maioria, brancos ricos e desproporcionalmente.
O então governador da California, Gavin Newsom, assinou no dia 30 de setembro de 2024 uma proibição da prática e será ilegal para universidades públicas e privadas na Califórnia considerar esse tipo de admissao e que tem relacionamento direto de um candidato com esses ex-alunos ou doadores ao decidir se os admitem. A mudança afetará instituições de prestígio, incluindo a Stanford University e a USC (University of Southern California).
Segundo dados oficiais relatados em 2022, mostraram que a USC admitiu a maior porcentagem de alunos com laços com “allumi studants” e doadores da instituicao de ensino do que qualquer outra faculdade do estado da California, com uma porcentagem de 14,4%, e seguida por Stanford e Santa Clara, com 13,8% e 13,1%, respectivamente.
A nova lei da Califórnia, que entrará em vigor em 1º de setembro de 2025, é a quinta proibição de admissão legada do país, mas apenas a segunda que se aplicará a faculdades particulares. Como outros estados, a Califórnia não penalizará financeiramente os infratores, mas publicará os nomes dos infratores no site do Departamento de Justiça do estado.
A Califórnia também aumentará os requisitos de relatórios de dados que implementou em 2022, quando as faculdades particulares tiveram que começar a compartilhar a porcentagem de alunos admitidos que eram relacionados com ex-estudantes (allumi), e parentes ou afilhados de doadores. As faculdades que infringirem a nova lei também terão que relatar informações demográficas mais granulares sobre suas turmas de entrada para o estado, incluindo a raça e a renda dos alunos matriculados, bem como sua participação nos esportes.
A Association of Independent California Colleges and Universities, que representa as três faculdades mencionadas mais acima, resistiu à lei inicialmente. A associação lutou contra as penalidades financeiras propostas, que foram eventualmente removidas. Depois disso, se concentrou em fazer lobby contra a nova lei.
Vale salientar que as universidades públicas do estado da Califórnia como as do sistema UC (University of California) como a UCLA e UCSD não serão afetadas pela mudança. A California State University também não considera esses tipos de admissões, enquanto o sistema UC parou de fazer isso em 1998, dois anos depois que os eleitores da Califórnia proibiram certos tipos de admissões por meio de uma medida eleitoral estadual.
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