Image Music New Compositions Using AI Entre as muitas transformações causadas pela popularização da inteligência artificial (IA), talvez o setor criativo seja o que mais levanta discussões sobre vantagens vs conceitos éticos. De fato, a IA está moldando a paisagem da indústria musical, não só desde a criação de melodias músicas, mas também com as letras transmitidas. Afinal, teria uma máquina profundidade suficiente para “tocar” os ouvintes e até prever tendências musicais?

A revolução na composição musical teve início com o surgimento de algoritmos sofisticados e técnicas de learning machine (aprendizado de máquina, em português). Os usuários agora têm à disposição ferramentas que podem analisar vastas quantidades de dados musicais, identificar padrões e, o mais impressionante, gerar composições originais.

Com isso, até mesmo artistas estabelecidos podem incorporar elementos gerados por IA em seus trabalhos. Em 2016, por exemplo, a gravadora Sony surpreendeu o mundo ao lançar “Daddy’s Car”, descrita como uma melodia ensolarada reminiscente dos Beatles. A canção pop foi criada pelo sistema de IA chamado FlowMachines. 

A atriz Kelly Bishop, em um artigo para a Vice, ressaltou que a IA está quebrando barreiras de acessibilidade. Para ela, muitas pessoas são privadas da oportunidade de criar arte. “Nem todo mundo tem a opção de ter aulas de música ou pode comprar um instrumento para praticar. Um benefício dos aplicativos de música da Al é que eles democratizam a composição de músicas”, declarou a artista. 

Além da criação artística, a música gerada por IA também envolve questões econômicas. Aplicativos como Mubert, Ecrett Music e Songen possibilitam a criação fácil de músicas livres de royalties, personalizadas para atender a diferentes gostos pessoais. Essa flexibilidade faz da IA uma ferramenta cada vez mais popular para criadores de conteúdo em diversas áreas, como designers de jogos, cineastas e publicitários.

Tendências MusicaisImage Music Production Studio

Plataformas de streaming, como Spotify e Apple Music, estão bem avançadas no quesito análise de tendências musicais com seus algoritmos. Ao considerar fatores como tempo, ritmo, instrumentação e gênero, essas plataformas utilizam de IA para sugerir playlists altamente personalizadas e descobrir novos artistas com base nas preferências dos usuários.

Essa análise preditiva também está sendo aplicada por gravadoras e caçadores de talentos. Paul G. Oliver, editor da Inside the Music Industry, explica como: “As empresas estão usando Al para criar modelos preditivos que podem prever o sucesso futuro de um artista com base em seus dados de streaming e mídia social”, comenta.

Apesar desse enfoque oferecer oportunidades para artistas emergentes, podemos pensar se realmente a indústria da música está se nutrindo de novos artistas. Além disso, até que ponto somos influenciados a gostar de determinado artista. Afinal, realmente gostamos daquilo que ouvimos ou fomos condicionados a isso?

O Futuro da Música

A revolução musical impulsionada pela inteligência artificial está apenas começando, prometendo – e tudo indica que sim – transformar a criação musical. Contudo, em especial, devemos ficar atentos até que ponto vão os limites da autoria. O futuro da música está sendo escrito em linhas de código, e a sinfonia da inteligência artificial está apenas começando.

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