Um tiroteio foi registrado na sede do YouTube em San Bruno, na Califórnia, na tarde desta terça-feira (3). Vladim Lavrusik, gerente de produto do YouTube, usou o Twitter para falar sobre o atentado e disse que, após ter ouvido barulho de tiros, se escondeu em uma sala com colegas até a polícia chegar e ajudar na evacuação do prédio.
Três pessoas ficaram feridas e a atiradora, Nasim Aghdam se matou em seguida. Ela era uma youtuber de 39 anos que expressou insatisfação com as mudanças no modelo de monetização da plataforma de vídeos em tempos recentes e, por esta causa, teria planejado o ataque à empresa.
Nos últimos tempos, ela postou diversos vídeos em que se mostrava irritada com a política do YouTube, dizendo que a empresa filtrava seus vídeos para ela não ganhar mais visualizações. Em seu canal, Nasim se dizia vegana e ativista dos direitos dos animais.
De origem iraniana, ela era responsável pelo site “NasimeSabz” (“brisa verde”, na tradução para a língua persa). Na página, a mulher publicava conteúdo sobre o veganismo e a cultura persa, mas também usava o espaço para criticar a empresa americana. Em fevereiro do ano passado, ela postou uma foto no Facebook na esquina da sede com um cartaz em que se lia “Ditadura do YouTube” e “Política oculta: promoção de discriminação estúpida, supressão da verdade”. O canal de Aghdam aparentemente foi removido do YouTube por violar os termos de uso do serviço.
A emissora CBS2 News conversou com o pai de Agdham. Ele afirmou que Nasim estava desaparecida há dias quando ele recebeu uma ligação da polícia avisando que ela tinha sido vista em Mountain View. O pai da atiradora disse ter avisado a polícia sobre a fúria dela contra o YouTube.
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