Com o dólar sofrendo mais altas que quedas, desde o início de 2018, o Banco Central mudou a forma de negociar a moeda. Ele vai tirar dinheiro das reservas internacionais e vender o dólar já no mercado, ao invés de fazer uma venda futura, como fazia até agora. A nova estratégia é chamada de leilão de linha ou venda de dólares com compromisso de recompra.
Na prática, o BC quer aumentar a quantidade da moeda norte-americana circulando e, com isso, conter a sua alta. Trata-se da lei da oferta e da procura. Se há mais dólar disponível na economia, o seu preço tende a ser menor.
Da primeira semana do mês à praticamente à última, a moeda oscilou, com mais altas que quedas, com o foco na cena externa e com os investidores cautelosos diante dos próximos movimentos do Banco Central. Com isso, o dólar recuou 1,57%, a R$ 3,8702 na venda, terminando a semana em baixa de 0,17%. Numa das máximas do mês chegou a R$ 3,973. Já o dólar turismo era vendido perto de R$ 4,04, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Viagens de brasileiros ao exterior com o dólar em alta
Os gastos de brasileiros em viagem ao Exterior seguem em crescimento, mas em ritmo menor de expansão devido à alta do dólar, segundo avaliou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central (BC), Fernando Rocha. Em maio, essas despesas somaram US$ 1,615 bilhão, com aumento de 8% em relação ao mesmo mês de 2017. Em abril deste ano, comparado ao mesmo mês de 2017, o crescimento chegou a 16%.
Já as receitas de estrangeiros no Brasil chegaram a US$ 429 milhões, em maio, e US$ 2,862 bilhões, nos cinco meses de 2018. Em maio, a conta de viagens internacionais, formada pelos gastos de brasileiros e as receitas de estrangeiros, ficou negativa em US$ 1,187 bilhão e acumulou US$ 5,224 bilhões nos cinco meses do ano.
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