Mais quatro brasileiros foram presos na última quinta-feira (13), em San Diego, acusados de envolvimento na conspiração nacional que criava contas fraudulentas de motoristas de várias empresas de serviço de entrega e compartilhamento de caronas usando identidades roubadas.
No total são cinco réus, porém Gustavo De Ávila Moreira Farinha, Tatiane Pereira Arantes, Natalia Magalhães Rocha e Leonardo Trulsen De Oliveira foram presos na manhã da quinta-feira por agentes da Homeland Security Investigations e outros órgãos estaduais e federais. E um quinto réu continua foragido. Os réus presos se apresentaram à juíza magistrada dos EUA Jill L. Burkhardt nesta sexta-feira (14).
De acordo com a denúncia, o suposto esquema envolvia a obtenção de imagens e informações da carteira de habilitação das vítimas e dos números do Seguro Social. Além disso, com os dados, os envolvidos criavam contas falsas que eram usadas em aplicativos de transporte, de caronas e de entregas; ainda alugavam e vendiam essas contas – inclusive para pessoas que não se qualificavam para dirigir. O uso de identidades falsas ainda se extendia a Formulários 1099 do IRS.
Até o momento, os agentes identificaram cerca de 100 vítimas na Califórnia e no resto do país. Conforme dados da denúncia, o esquema fraudulento teve início em 2018, inicialmente com empresas de rideshare. Na primavera de 2020, com a pandemia de covid-19 e alguns californianos presos pelo mesmo crime, os demais criminosos decidiram parar com o esquema em empresas de carona, como o uber, e partiram para empresas de alimentos, mercearias e outros tipos que fazem entregas, pois havia aumento da demanda devido ao isolamento social.
Durante as entregas, e utilizando essas contas fraudulentas, os criminosos roubavam mais identidades e, posteriormente, criavam novas contas falsas em um ciclo perpetuante de roubo de identidade.
“O roubo de identidade causa um tipo de sofrimento especial para as vítimas, que muitas vezes passam meses e até anos frustradas e sendo confundidas com criminosos, sujando seus nomes”, disse o procurador Randy Grossman. Ele elogiou os esforços extraordinários do promotor Kevin Mokhtari e agentes da Homeland Security Investigations para fazer a justiça valer neste caso.
Qualquer pessoa que possa ser vítima deste crime ou que tenha informações que podem ser relevantes para esta investigação deve ligar para a HSI San Diego no telefone (760) 901-1004.
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