De acordo com um estudo realizado com mais de 12.000 funcionários dos EUA, em fevereiro de 2022, pela empresa de pesquisa de opinião Gallup, cerca de 4 em cada 10 pessoas trabalham de forma híbrida (fazem trabalho remoto em parte da semana) ou totalmente de casa. Além disso, independentemente de sua situação atual – em termos financeiros, de saúde, entre outros -, quase 7 em cada 10 pessoas dizem que preferem trabalhar de forma totalmente remota ou híbrida.
A pesquisa também mostrou que cerca de 8 em cada 10 pessoas cujo trabalho pode ser feito remotamente pelo menos parte do tempo trabalham atualmente de forma híbrida ou totalmente remotos. E 9 em cada 10 desses trabalhadores remotos querem ser totalmente remotos ou híbridos.
É, parece que a pandemia de covid-19 abalou as estruturas do “antigo” trabalho presencial e as formas como as empresas administram seus negócios e lidam com funcionários e suas funções.
Em resposta a esse desejo de flexibilidade de trabalho remoto, os empregadores estão fazendo planos de longo prazo para avaliar como serão seus futuros escritórios e como funcionará a rotina semanal de trabalho. Ao que tudo indica o trabalho híbrido realmente se tornará a nova regra para a maioria dos escritórios.
E essa tendência tem preocupado empregadores em todo o país. Sem dúvida, os desafios são reais. Desde o início da pandemia, empresas de pequeno, médio e grande porte tiveram que reinventar seus ambientes de trabalho rapidamente ou perderiam funcionários, oportunidades de negócios e na pior das hipóteses fechariam. A esperança, pelo menos para alguns, era que tudo isso fosse temporário.
Mas não foi bem assim que aconteceu. Hoje está claro que os empregadores devem abraçar os benefícios e as oportunidades do trabalho híbrido: novos talentos na empresa, a capacidade de reter funcionários por meio de mudanças positivas em sua vida, e funcionários ainda mais produtivos que constroem sua rotina de trabalho da forma que melhor lhes convêm.
Mas é preciso ficar atento a essa nova estrutura de funcionamento de uma empresa, pois é necessário criar uma rotina de trabalho flexível que promova uma cultura distinta da antiga, a colaboração eficaz em equipe e relacionamentos significativos dentro do ambiente de trabalho.
Mas calma, gerenciar o trabalho híbrido não precisa ser algo tão complexo. Para te ajudar, abaixo estão as quatro dinâmicas essenciais do trabalho híbrido que você precisa ter em mente ao desenvolver um plano para o futuro do seu ambiente de trabalho.
Dinâmica 1: Engajamento + Bem-estar = Como o envolvimento dos funcionários muda do escritório para o home office?
Dinâmica 2: Justiça + Inclusão = Quem ganha e quem perde em um ambiente de trabalho híbrido?
Dinâmica 3: Confiança + Produtividade = O que realmente queremos dizer com produtividade?
Dinâmica 4: Relacionamentos + Cultura = Como criamos uma identidade organizacional distinta que transcende a distância com o trabalho remoto?
O futuro do trabalho híbrido está sendo reinventado. Este é o momento para repensar a maneira como o trabalho é executado e o que pode mudar. As descobertas da Gallup sugerem que, em um futuro próximo (que já é presente em muitas empresas), uma grande parte da força de trabalho, seja em qual tipo de negócio for, experimentará um escritório híbrido. Essa transformação é geracional. Um experimento potente que atinge o cerne do significado do trabalho ao longo da História.
É preciso estar preparado. Donos de negócios precisam se adequar. Mas sem esquecer que humanos ainda são humanos, com as mesmas necessidades psicológicas de sempre. Descobrir como essas necessidades podem ser atendidas, por gerentes e empregadores, em uma nova era, exigirá uma mentalidade experimental, uma abertura à mudança e um foco apurado nos impulsionadores fundamentais do desempenho humano.
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