Dolar Update 1 1 e1702686469685

O dólar fechou a sexta-feira, 1º, com expressiva alta de 1,53% e cotado a R$ 5,8698, segundo maior valor nominal da história. O pregão foi impulsionado pela instabilidade econômica no Brasil e no cenário internacional. Com essa valorização, a moeda americana acumulou uma alta de 20% em 2024.

Nos Estados Unidos, dados econômicos abaixo do esperado, como a criação de apenas 12 mil vagas de trabalho em outubro, indicam uma possível desaceleração econômica. Embora isso possa fazer o Federal Reserve (Fed) manter os juros estáveis, o mercado teme que a situação leve a uma desaceleração mais intensa, o que reforça a busca por ativos seguros, como o dólar.

A proximidade das eleições americanas entre Kamala Harris e Donald Trump também contribui para a instabilidade. A possível vitória de Trump gera temores sobre uma política econômica mais protecionista, o que impacta o mercado global e impulsiona a alta do dólar. Essa combinação de incertezas no Brasil e no exterior intensifica a valorização da moeda americana frente ao real.

No Brasil, a ausência de um anúncio sobre o corte de gastos do governo federal, previsto para o fim do ano, aumentou a tensão no mercado. A equipe econômica tenta cumprir a meta de déficit zero, mas, apesar da promessa de cortes entre R$ 50 e R$ 60 bilhões, o ministro Fernando Haddad indicou que a decisão final depende do presidente Lula, sem data definida.

Lembrando que na véspera, quinta-feira (31), o dólar já havia registrado alta 0,30% e encerrou cotado a R$5,78.

O dólar fechou os últimos 12 meses (52 semanas) com saldo positivo de 16,95% em relação ao real brasileiro e com variação de cotação entre R$4,8018 mínimo e R$5,8657 na máxima.

  • Relembre os destaques do dólar nos últimos meses:

Outubro 

Em outubro, o pregão registrou leves oscilações e alguns picos de alta no dólar. Na terça-feira (29), a moeda subiu 0,95%, fechando a R$ 5,76, o maior valor desde março de 2021. Na sexta-feira (25), encerrou a R$ 5,70, com alta de 0,76%. Na sexta-feira (18), também fechou em alta, a 0,71%, cotado a R$ 5,70. No dia 15, terça-feira, o dólar subiu 1,36%, fechando a R$ 5,6587.

Setembro

O ponto alto do mês foi a sequência de quedas do dólar, sete vezes seguidas. As cotações variaram de R$ 5,64 no dia 11 até R$ 5,42 no dia 19, acumulando uma desvalorização de mais de 4% no período, a maior do ano. Essa queda foi impulsionada pelo corte de juros nos EUA e pelo aumento das taxas no Brasil, que tornou o real mais atraente para investidores.

Agosto

Na última semana de agosto, o dólar teve cinco altas seguidas, fechando em R$5,6363 na sexta-feira (30) e acumulando alta de 2,86% na semana. Antes disso, subiu de R$5,49 na segunda-feira (26) para R$5,6227 na quinta-feira (29). Em contrapartida, na primeira quinzena do mês o dólar caiu de R$5,74 em 5 de agosto para R$5,4491 no dia 13, acumulando queda de 5,09%.

Julho

Em julho, o dólar teve grandes oscilações. Na quarta (24), subiu 1,24% para R$5,65. Na quinta (18), aumentou 1,89% para R$5,58, e na quarta (17), subiu 1%, ambos por questões fiscais. Na terça (9), caiu 1,15% para R$5,39. Na quinta (4), caiu 1,49% para R$5,48. Na quarta (3), o dólar teve uma queda de 1,72% para R$5,56, a maior desde o início do governo Lula. Na segunda (1º), subiu 1,13% para R$5,65.

  • Destaques do primeiro semestre de 2024Image De Olho Na Recessao e1712269352200

Junho

Em junho, o dólar acumulou alta de 6,47%, com maior variação na sexta (28), subindo 1,50% e fechando a R$5,5907. A maior queda foi na segunda (24), caindo 0,94% para R$5,39. Na terça (25), subiu 1% para R$5,45, e na sexta (7), aumentou 1,44%, chegando a R$5,32.

Maio

Em 31 de maio, o dólar subiu 0,78%, fechando a R$5,25, o maior valor desde abril. A Ptax impulsionou uma alta mensal de 1,12%, apesar da desvalorização externa. No dia 29, a moeda subiu 1,10% para R$5,21, influenciada pelos rendimentos dos Treasuries. No início de maio, destacou-se a alta de mais de 1% no dia 9, fechando a R$5,14. Em contraste, o dólar caiu 1,53% no dia 2, cotado a R$5,11, e no dia 3, atingiu R$5,0693, seu menor valor em quase um mês.

Abril

Na sexta (26), o dólar caiu quase 1%, fechando a R$5,11, interrompendo quatro semanas de ganhos devido a dados positivos de inflação dos EUA. Na terça (23), o dólar teve a terceira queda seguida, cotado a R$5,12. Na terceira semana de abril, após várias altas, o dólar caiu firme na sexta (19), a R$5,19, enquanto na terça (16), subiu 1,64% para R$5,26, maior alta em mais de um ano.

Março

Na quarta-feira (20), o dólar caiu 1,14% para R$4,97 após o Fed manter a taxa básica e projetar cortes futuros. Na segunda (18), subiu 0,54% para R$5,02, fechando acima de R$5 pela primeira vez desde outubro de 2023. Na semana anterior, dados fracos do IPC e IPP dos EUA reduziram as chances de cortes nas taxas de juros, possivelmente adiando para o segundo semestre. Na sexta (8), o dólar subiu 0,95% para R$4,98 após um relatório de empregos nos EUA superar expectativas.

Fevereiro

dolar cotacao projecaoNo final de fevereiro, na terça (27), o dólar caiu 0,98% para R$4,93. Na sexta (23), subiu 0,83% para R$4,99, próximo de R$5. Em 19 de fevereiro, a China reduziu sua taxa de juros para 3,95%. Na quinta (8), o dólar quase atingiu R$5, fechando a R$4,9956, com alta de 0,55%.

Janeiro

Na “Super Quarta” (31) de janeiro, o Fed manteve a taxa de juros, enquanto o Copom reduziu a Selic para 11,25%. Na sexta (26), o dólar caiu pelo quarto dia seguido, fechando a R$4,91. Na terça (16), subiu 1,23% para R$4,9268, maior alta desde 2 de janeiro. No dia 2, o dólar também subiu mais de 1%, cotado a R$4,91.

Algo Mais de do que Aconteceu de Relevante 

Na sexta, 15 de dezembro escrevemos uma análise e “retrospectiva sobre o dólar em 2023” sobre o que se poderia esperar para 2024. E no domingo, 16 de julho de 2023, produzimos um artigo interessante que teve como título “O enfraquecimento do dólar e seus efeitos ao redor do mundo” e que recomendamos a leitura.

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