O dólar fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira (21), encerrando o dia com valorização de 0,45% e cotado a R$ 5,7285. Com isso, a moeda acumulou um avanço de 0,58% na semana, interrompendo sete semanas consecutivas de perdas. A principal razão para a valorização do dólar nesta sexta (21) foi a preocupação com os planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O presidente americano reiterou que pretende impor taxa de 25% sobre carros importados a partir de 2 de abril. E disse não achar importante convidar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para as discussões sobre o fim do conflito com a Rússia. Na próxima semana, a invasão da Ucrânia pela Rússia completa três anos. Ainda aqui nos EUA, dados econômicos como a pesquisa de confiança do consumidor e a atividade empresarial, vieram abaixo do esperado, afetando os rendimentos dos Treasuries, mas sem grande impacto no câmbio. Além disso, a queda de cerca de 3% nos preços do petróleo pressionou moedas de países exportadores da commodity, como o Brasil, contribuindo para a alta do dólar.
No Brasil, a falta de eventos significativos na agenda econômica brasileira fez com que os investidores concentrassem sua atenção no cenário externo, reforçando a busca por ativos considerados mais seguros, como o dólar.
Lembrando que na quinta-feira (20), o dólar encerrou em baixa de 0,37%, encerrando o dia cotado a R$ 5,7045. Na quarta-feira (19), o dólar encerrou o dia a R$ 5,7258, uma alta de 0,65%. Na terça-feira (18), a moeda encerrou em queda de 0,42% e fechou o dia a R$5,6887 – menor cotação de fechamento do ano de 2025. Na segunda (17), encerrou em leve alta de 0,27%, cotado a R$5,7128.
A divisa americana fechou os últimos 12 meses (52 semanas) em 15,54% e com variação de cotação entre R$4,9281 mínimo e R$6,3144 na máxima. No primeiro pregão do ano de 2025, dia 2 de janeiro, o dólar foi cotado a R$6,1798.
Outros Dados Relevantes de Fevereiro
Fevereiro tem mostrado uma tendência de queda no dólar. Na sexta-feira (14), a moeda fechou em baixa de 1,22%, cotada a R$ 5,6974. Na quinta-feira (06), houve uma queda de 0,49%, encerrando o dia a R$ 5,7649. Na quarta-feira (05), o dólar interrompeu uma sequência de 12 quedas consecutivas, registrando uma leve alta de 0,37%, alcançando R$ 5,7935. Já na terça-feira (04), a moeda recuou 0,76%, fechando em R$ 5,7712, influenciada por dados que apontaram uma menor demanda por mão de obra nos Estados Unidos.
Dados Relevantes de Janeiro
Em janeiro, o dólar mostrou tendência de quedas. Entre as maiores quedas está a terça (28), que fechou cotada em R$ 5,8691 (-0,74%). Na terça (14), caiu 0,84% (R$ 6,04) com inflação moderada nos EUA. Antes, subiu 0,99% (R$ 6,10) na sexta (10) por dados positivos do emprego americano. Na quinta (09), caiu 1,10% (R$ 6,04) por baixa liquidez no feriado dos EUA.
O Dólar em 2024
Para 2024, esperava-se que o desempenho do dólar fosse influenciado pela situação fiscal no Brasil e possíveis cortes na taxa de juros pelo Fed americano. A taxa Selic ficou em maior parte do tempo em 11,25%, enquanto a projeção dos economistas para a taxa de juros brasileira em 2024 era de 9%. No acumulado de 12 meses, o dólar subiu 28,1% frente ao real, variando entre R$ 4,8015 e R$ 5,8749.
Aqui nesta sessão, atualizamos a cotação do dólar/real e fazemos uma análise diariamente de segunda a sexta.