Dolar Update e1702593136194Nesta terça-feira (21), o dólar encerrou em leve baixa de 0,18% frente ao real, cotado a R$ 6,0313, em um dia de noticiário doméstico esvaziado e de cautela no cenário internacional. A principal influência veio do comportamento da política econômica nos Estados Unidos, onde o presidente Donald Trump não anunciou novas tarifas de importação ao assumir o mandato, gerando alívio nos mercados emergentes. A ausência de ações do Banco Central brasileiro, que havia atuado na véspera com leilões de linha, também contribuiu para um dia de poucas movimentações significativas.

A queda foi sustentada pela percepção de que a ausência de novas tarifas nos EUA reduz o risco de elevação acentuada da inflação e dos juros americanos, o que favorece moedas emergentes. Apesar disso, o mercado se manteve cauteloso quanto aos próximos passos da política comercial de Trump.

No Brasil, o dólar oscilou ao longo do dia, influenciado pela força inicial da moeda no exterior e pela digestão de eventos globais recentes. Outras moedas, como o peso mexicano e o dólar canadense, sofreram mais diretamente com a expectativa de medidas protecionistas.

Relembrando as últimas sessões, o dólar encerrou na segunda-feira (20) em queda de 0,38% e cotado a R$ 6,0420, acompanhando a fraqueza global após Donald Trump anunciar que não imporia novas tarifas em seu primeiro dia como presidente dos EUA.

A divisa americana fechou os últimos 12 meses (52 semanas) em 22,32% e com variação de cotação entre R$4,8309 mínimo e R$6,3144 na máxima.

Janeiro até agora 

Na terça-feira (14), a moeda recuou 0,84%, encerrando a R$ 6,04 devido à inflação moderada ao produtor nos EUA. Na sexta-feira (10), o dólar subiu 0,99%, a R$ 6,10, impulsionado por dados positivos do mercado de trabalho dos EUA. Já na quinta-feira (09), recuou 1,10%, fechando a R$ 6,04, com baixa liquidez devido ao feriado nos mercados norte-americanos.

  • O dólar na reta final de 2024

Em 2023, o dólar fechou a última sessão do ano em queda de 8,08% frente ao real, sua maior baixa anual desde 2016. Para 2024, esperava-se que o desempenho do dólar fosse influenciado pela situação fiscal no Brasil e possíveis cortes na taxa de juros pelo Fed. A taxa Selic está em 11,25%, enquanto a projeção dos economistas para a taxa de juros brasileira em 2024 era de 9%. No acumulado de 12 meses, o dólar subiu 28,1% frente ao real, variando entre R$ 4,8015 e R$ 5,8749.