Dolar Update e1702593136194Nesta segunda-feira (20), o dólar recuou 0,38%, fechando a R$ 6,0420, acompanhando a fraqueza global da moeda norte-americana após Donald Trump anunciar que não imporia novas tarifas em seu primeiro dia como presidente dos EUA.

O dia da posse coincidiu com o feriado de Martin Luther King nos EUA, que reduziu a liquidez global e também contribuiu para a desvalorização. Os últimos dias de janeiro prometem ser de expectativas em relação aos primeiros passos da nova gestão, antecipando o tom das políticas econômicas e diplomáticas que podem moldar os mercados nos próximos meses. A posse de Trump não é apenas um evento político, mas também um marco que pode influenciar a direção do cenário econômico global.

No Brasil, dois leilões do Banco Central injetaram US$ 2 bilhões no mercado, reforçando o movimento de queda e surpreendendo o mercado. Essa foi a primeira intervenção do BC sob o comando de Gabriel Galípolo, sinalizando possível mudança na política de intervenções, tradicionalmente limitada a períodos de alta volatilidade.

Analistas apontam que a nova postura pode buscar prevenir estresses futuros e enfrentar desafios como a volatilidade cambial e preocupações fiscais. Apesar da entrada sazonal de dólares em janeiro, o fluxo cambial até o dia 10 registrou saldo negativo de US$ 4,61 bilhões, destacando a relevância das intervenções.

Relembrando a última sessão, o dólar encerrou na sexta-feira (17) em leve alta de 0,16%, praticamente em estabilidade, cotado a R$ 6,0650 no mercado à vista. A divisa americana fechou os últimos 12 meses (52 semanas) em 23,11% e com variação de cotação entre R$4,8309 mínimo e R$6,3144 na máxima.

Janeiro até agora 

Na terça-feira (14), a moeda recuou 0,84%, encerrando a R$ 6,04 devido à inflação moderada ao produtor nos EUA. Na sexta-feira (10), o dólar subiu 0,99%, a R$ 6,10, impulsionado por dados positivos do mercado de trabalho dos EUA. Já na quinta-feira (09), recuou 1,10%, fechando a R$ 6,04, com baixa liquidez devido ao feriado nos mercados norte-americanos.

  • O dólar na reta final de 2024

Em 2023, o dólar fechou a última sessão do ano em queda de 8,08% frente ao real, sua maior baixa anual desde 2016. Para 2024, esperava-se que o desempenho do dólar fosse influenciado pela situação fiscal no Brasil e possíveis cortes na taxa de juros pelo Fed. A taxa Selic está em 11,25%, enquanto a projeção dos economistas para a taxa de juros brasileira em 2024 era de 9%. No acumulado de 12 meses, o dólar subiu 28,1% frente ao real, variando entre R$ 4,8015 e R$ 5,8749.