Nesta quarta-feira (22), o dólar subiu 0,14%, fechando a R$5,3976, após passar a manhã estável e ganhar força à tarde com a notícia de que os Estados Unidos consideram impor novas restrições de exportação de software para a China. O movimento refletiu o aumento das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, o que elevou a procura por segurança e impulsionou o dólar tanto no Brasil quanto no exterior.
A moeda norte-americana chegou à máxima do dia às 13h32, cotada a R$5,4143 (+0,45%), após a divulgação da reportagem da Reuters que detalhou o plano do governo Trump para limitar exportações de tecnologias sensíveis — uma possível resposta às recentes barreiras chinesas sobre as vendas de terras raras. O impacto foi imediato nos mercados globais, com queda nas bolsas em Nova York e desvalorização de moedas emergentes como o peso mexicano e o rand sul-africano.
Apesar da recuperação do dólar, o movimento foi contido no fim do dia, em meio à atenção dos investidores às incertezas fiscais no Brasil. O governo ainda não apresentou ao Congresso os dois projetos de lei que substituirão a Medida Provisória 1303, considerada essencial para o equilíbrio do Orçamento de 2026. No cenário político, também havia expectativa sobre um possível encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump durante a cúpula da Asean, na Malásia, no fim de semana.
Na terça-feira, 21 de outubro, o ouro e a prata tiveram uma das maiores quedas em mais de uma década, com investidores realizando lucros após altas recordes. A correção foi impulsionada pela valorização do dólar e pelo alívio nas tensões comerciais entre EUA e China. Mesmo assim, o ouro ainda acumula alta de cerca de 60% em 2025, sustentado por expectativas de cortes de juros pelo Fed e pela busca por proteção diante de riscos fiscais e políticos nos EUA.
Relembrando a última sessão, de terça-feira (21), o dólar interrompeu uma sequência de quatro quedas e subiu 0,37%, fechando a R$5,3903. Na segunda-feira (20), caiu 0,67%, fechando a R$5,3704. Na sexta-feira (17), fechou a R$5,4065, uma queda de 0,68%. Na quinta-feira (16), caiu 0,35%, fechando a R$5,4433. Na quarta-feira (15), caiu 0,16%, fechando a R$5,4622. Na terça-feira (14), o dólar teve uma leve alta de 0,19%, fechando a R$5,4709..
A divisa americana fechou os últimos 12 meses (52 semanas) em -5,37% e com variação de cotação entre R$5,26 mínimo e R$6,3144 na máxima. No primeiro pregão do ano de 2025, dia 2 de janeiro, o dólar foi cotado a R$6,1798.
O que já aconteceu em outubro
O câmbio tem variado de forma moderada ao longo de outubro. Na terça-feira (5), a moeda avançou 0,74%, atingindo R$5,35. Na segunda-feira (6), o dólar recuou 0,46%, fechando a R$5,3102.Na quinta-feira (9), o dólar subiu 0,61%, fechando a R$5,3754 e caiu 0,13% na quarta-feira (8), cotado a R$5,3430, com paralisação parcial do governo dos EUA.. Na sexta-feira (10), o dólar disparou 2,39%, a R$5,5038, com desconforto do mercado com a política fiscal do governo Lula e as tensões geopolíticas dos EUA à China. Na segunda-feira (13), o dólar recuou 0,79%, fechando a R$5,4603
O que aconteceu em setembro
O início de dezembro foi marcado pelo julgamento de Jair Bolsonaro e militares envolvidos no evento de 8 de janeiro de 2023. O dólar caiu para R$5,39 na quinta-feira (11), abaixo de R$5,40 pela primeira vez desde 15 de agosto, e seguiu em queda, fechando a R$5,35 na sexta (12), o menor valor em 15 meses. Na terça-feira (16), continuou a queda, atingindo R$5,29, o menor valor desde junho de 2024, e na terça (23), registrou nova queda de 1,10%, fechando a R$5,27. No entanto, na quarta (24), houve uma recuperação com alta de 0,93%, encerrando o dia a R$5,32.
O início de agosto foi marcado pela aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que entrou em vigor no dia 6 de agosto. No câmbio, na sexta-feira (1º), o dólar fechou em queda de 0,98%, cotado a R$ 5,5453 e a R$5,4235 na quinta-feira (7), com queda de 0,72%, marcando a quinta sessão de baixa. Na terça-feira (12), a moeda caiu 1,06%, atingindo R$5,3864, o menor valor desde 14 de junho de 2024. Na segunda-feira (11), subiu 0,18%, para R$5,4439, e na sexta-feira (8), fechou com leve alta de 0,2%, a R$5,43415, interrompendo uma sequência de cinco pregões consecutivos de perdas. Na terça-feira (19), o dólar subiu 1,19%, fechando a R$5,50.
Como foi o mês de julho
Em julho, o dólar variou com forte influência da guerra tarifária entre EUA e Brasil. No início do mês, o dólar caiu 0,27%, fechando a R$5,4047 (03) e subiu 0,98%, a R$5,4778 (07), após o anúncio de tarifas de Trump. Seguiu com alta de 1,05%, a R$5,5039 (09), devido à ameaça de tarifas de 50%, e mais uma alta de 0,72%, a R$5,5875 (18). No entanto, caiu 0,78%, a R$5,5239 (23), e subiu novamente 0,54%, a R$5,5925 (28), alcançando o maior valor desde junho. Na última quarta-feira (30), o dólar fechou com alta de 0,36%, a R$5,5885, acumulando um ganho de 3% no mês.
Como foi o mês de junho
Em junho, o dólar apresentou uma tendência de desvalorização e encerro o mês em queda de 4,98%. Em todo o primeiro semestre, a moeda registrou um recuo de 12,07%. Na segunda-feira (02), caiu 0,81%, fechando a R$5,6740, e na quinta-feira (05), a queda foi ainda mais expressiva, de 1,03%, encerrando a R$5,5871. Já na segunda-feira (16), o recuo foi de 0,98%, com a moeda cotada a R$5,4871. No final do mês, na segunda-feira (30), o dólar fechou a R$5,43, uma queda de 0,89%, atingindo o menor valor desde setembro de 2024.
Como foi o mês de maio
No início de maio, o dólar apresentou altas. Na quarta-feira (07), subiu 0,58%, fechando a R$5,7445, acumulando alta de 1,56% em três dias. Na quinta (08), interrompeu essa sequência, recuando 1,44%, a R$5,6620. Na terça-feira (13), teve uma queda firme, fechando cotado a R$5,6075, com recuo de 1,33%. Na quarta (28), o dólar fechou em alta de 0,87% e cotado a R$5,6956, por dólar forte internacionalmente e incertezas sobre mudanças no IOF no Brasil.
Como foi o mês de abril
Abril teve uma forte volatilidade no câmbio, impulsionada pela escalada da guerra tarifária entre EUA e China. O dólar saltou 3,68% na sexta-feira (04), alcançando R$ 5,83, após cair 1,18% na véspera, quando atingiu R$ 5,62, a menor cotação do ano. Na semana seguinte, a moeda voltou a subir: fechou a R$ 5,91 na segunda (07) e a R$ 5,99 na terça (08), maior valor desde janeiro. Depois, recuou 2,53% na quarta (09), para R$ 5,84, e caiu mais 1,00% na quinta (17), para R$ 5,80. Na terça-feira (22), teve nova queda de 1,30%, fechando a R$ 5,72.
Como foi o mês de março
No mês, o dólar caiu 3,55%, fechando a R$ 5,7053, impulsionado pelo fluxo estrangeiro positivo e pela alta da Selic. Destaca-se a forte baixa de 2,72% no dia 5, fechando a R$ 5,7558, a maior perda percentual desde 2022. Outras quedas expressivas ocorreram nos dias 14 (-0,90%), 17 (-0,99%), 19 (-0,47%) e 25 (-0,78%), com a cotação chegando a R$ 5,6486 no dia 19, seu menor valor em cinco meses. A única alta relevante ocorreu no dia 10, quando subiu 1,13%, atingindo R$ 5,85.
Como foi o mês de Fevereiro
Fevereiro mostrou uma tendência de queda no dólar. Na sexta-feira (14), a moeda fechou em baixa de 1,22%, cotada a R$ 5,6974. Na quinta-feira (06), houve uma queda de 0,49%, encerrando o dia a R$ 5,7649. Na quarta-feira (05), o dólar interrompeu uma sequência de 12 quedas consecutivas, registrando uma leve alta de 0,37%, alcançando R$ 5,7935. Já na terça-feira (04), a moeda recuou 0,76%, fechando em R$ 5,7712, influenciada por dados que apontaram uma menor demanda por mão de obra nos Estados Unidos.
Como foi o mês de Janeiro
Em janeiro, o dólar mostrou tendência de quedas. Entre as maiores quedas está a terça (28), que fechou cotada em R$ 5,8691 (-0,74%). Na terça (14), caiu 0,84% (R$ 6,04) com inflação moderada nos EUA. Antes, subiu 0,99% (R$ 6,10) na sexta (10) por dados positivos do emprego americano. Na quinta (09), caiu 1,10% (R$ 6,04) por baixa liquidez no feriado dos EUA.
O Dólar em 2024
Para 2024, esperava-se que o desempenho do dólar fosse influenciado pela situação fiscal no Brasil e possíveis cortes na taxa de juros pelo Fed americano. A taxa Selic ficou em maior parte do tempo em 11,25%, enquanto a projeção dos economistas para a taxa de juros brasileira em 2024 era de 9%. No acumulado de 12 meses, o dólar subiu 28,1% frente ao real, variando entre R$ 4,8015 e R$ 5,8749.
Aqui nesta sessão, atualizamos a cotação do dólar/real e fazemos uma análise diariamente de segunda a sexta.