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Gabriel Medina em ação em Pipeline — Foto: WSL/Sloane

Os brasileiros estão vivenciando um momento único no surfe. Com uma temporada magnífica da “geração de ouro”, o ano de 2018 da WSL foi o melhor da história para o Brasil. Nas águas desde o início do ano, a chamada ‘Brazilian Storm’ reinou nas praias da elite do surfe como nunca e agora coroou o ano sensacional com o título de Gabriel Medina, que já virou ídolo verde e amarelo.

Das 11 etapas disputadas pelo mundo, os atletas brazucas levaram nada menos que nove delas, perdendo apenas na inaugural em Gold Coast (Austrália), e a nona etapa, em Landes (França). Em ambas, o vencedor foi o australiano Julian Wilson, que é justamente o único não brasileiro que ainda competia pelo título, mesmo após fraturar o ombro em janeiro.

A primeira conquista brasileira no ano veio em Bells Beach, na Austrália, com Italo Ferreira. Em seguida, Filipe Toledo venceu a etapa do Rio de Janeiro. Na sequência, Italo voltou a triunfar, desta vez em Bali, na Indonésia. O domínio seguiu com William Cardoso sendo campeão em Uluwatu, etapa que completou a decisão de Margaret River, paralisada por conta dos ataques de tubarão.

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Ítalo Ferreira também venceu três etapas em 2018 — Foto: WSL/Poullenot

Na África do Sul, Filipinho voltou a vencer em Jeffreys Bay. Depois, Medina foi campeão no Taiti e na Califórnia, na piscina artificial do Surf Ranch. Italo Ferreira triunfou em Portugal. E agora Medina venceu de novo em Pipeline. Apenas Julian Wilson atrapalhou os brasileiros, com vitórias nas etapas de Gold Coast e na França.

Esta é ainda a primeira temporada em que o Brasil é o país com mais atletas no Tour. A Austrália, que até 2017 detinha a superioridade, tem agora 8 atletas no campeonato. E parece que essa geração ainda vai surfar na elite do circuito mundial por muito tempo. A média de idade dos brasileiros no primeiro escalão do esporte é de 25,8, enquanto a média do restante dos surfistas é de 27, 8 anos de idade.

Outra conquista que mostra o tamanho do Brasil no cenário do Surfe em 2018 é a de Jesse Mendes, que levou a tríplice coroa havaiana. Quando Jordy Smith foi eliminado, o brasileiro teve a garantia da melhor campanha somando as três etapas no país: Hawaiian Pro, Sunset Beach e agora Pipeline.

Ainda em Pipeline, Havaí, Medina mostrou porque se tornou um ídolo no Brasil no esporte. Após ter se tornado o primeiro brasileiro a ser campeão em 2014, o surfista de Maresias, São Paulo, agora volta a fazer história como o único atleta nascido no Brasil a ser bicampeão mundial. Ele disputava o título com o australiano Julian Wilson, que também passou para a decisão, mas a classificação à final da etapa já garantiu a conquista para o brasileiro, independentemente do resultado do rival.

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Filipe Toledo foi campeão em Jeffreys Bay e no Rio de Janeiro — Foto: WSL / Cestari

Na final, Medina enfrentou justamente o australiano Julian Wilson, que venceu Kelly Slater na outra semifinal por 14,20 a 11,17. Na decisão, o brasileiro voltou a manter o alto nível e levou a melhor para fechar com chave de ouro: 18,34 (9,57 e 8,77) a 16,70 (8,77 a 7,93).

E não é apenas na elite que o Brasil vai bem, na divisão de acesso (QS), o país foi campeão júnior de surfe com Mateus Herdy, em Taiwan. Fora ele, ainda há quatro surfistas entre os 13 primeiros do ranking de acesso à elite: Peterson Crisanto, Jesse Mendes, Deivid Silva e Jadson André.

Etapas de 2018 do Circuito Mundial

Gold Coast – Julian Wilson (Austrália)
Bells Beach – Italo Ferreira (Brasil)
Saquarema – Filipe Toledo (Brasil)
Bali – Italo Ferreira (Brasil)
Uluwatu (completando Margaret River) – William Cardoso (Brasil)
Jeffreys Bay – Filipe Toledo (Brasil)
Teahupoo – Gabriel Medina (Brasil)
Califórnia – Gabriel Medina (Brasil)
Landes – Julian Wilson (Austrália)
Peniche – Italo Ferreira (Brasil)
Pipeline – Gabriel Medina (Brasil)

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